quarta-feira, 29 de maio de 2013

Os Paramentos do Altar


por Vinícius Rangel

Você já deve ter reparado que em todas as celebrações de missa, durante o ofertórios vários objetos são colocados no altar e o padre e os ministros utiliza eles durante a comunhão. você sabe quais são os paramentos e o nome deles? Então veja:

Corporal

Corporal - É quadrado e geralmente de linho e braco. Chama-se corporal, porque por cima dele será colocado o corpo de cristo. Relembra também o Santo Suldário, pano em que Jesus foi enrolado ao ser sepultado. É aberto sobre o altar na hora do ofertório e nele será colocado o cálice e as âmbulas. 
Cálice




Cálice - É uma taça prateada ou dourada. Não pode ser de madeira nem de vidro. Relembra o cálice usado por Jesus na última ceia. Nele o padre coloca o vinho que será consagrado como sangue de Cristo.



Sanguíneo


Sanguíneo - Também feito de linho e de cor branca, o sanguíneo é uma tira retangular de aproximadamente 30 centímetros. É colocado entre o Cálice e a patena.  É utilizado pelo padre para enxugar o interior do cálice e das âmbulas. Também usado para limpar o dedo e os lábios do celebrante.


Patena


Patena -  É uma espécie de prato raso. Feito de metal, deve ser dourado ou prateado. Sobre ela é colocada a hóstia grande consagrada pelo celebrante.

Pala

Pala -  É uma cartolina quadrada, revestida de linho, utilizada para proteger a hóstia que está na patena e também o cálice, quando com vinho.









As cinco peças citadas acima, são geralmente levadas para o sacerdote juntas, igual a demonstrado na figura abaixo:

Cálice com Sanguíneo, Patena, hóstia, Pala e Corporal

Âmbula




Âmbula - É semelhante ao cálice, porém tem tampa. Nelas são colocadas as hóstias que serão distribuídas na missa. Depois da comunhão, as hóstias que sobraram são guardadas nelas e levadas para o sacrário.





Galhetas -  São duas jarras pequenas onde estão o Vinho e
a Água que serão colocadas no cálice para consagração.



Manustério -  É a toalha utilizada pelo padre e pelos ministros para enxugar as mãos.






No altar também está o Missal, que é o livro onde está toda a liturgia e ritos da missa, exceto as leituras, que são proclamadas do Lecionário.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Cargos da Igreja e os significados


por Vinícius Rangel
 
Algumas pessoas confundem com frequência nomes de cargos dentro da igreja católica. Vamos então explicar melhor um pouco de cada um e a definição de cada nome.

Papa - é o chefe da Igreja Católica e do Estado do Vaticano. Tem a função de chefiar a igreja e prezar pela Fé dos fieis. É dele a função de delegar cargos dentro da Igreja. Todos os membros da igreja respondem ao Papa e a Cúria romana.

Cardeais -  são eleitos pelo Papa e temo cargo de forma vitalícia. É deles a função de aconselhar o Papa na administração da Igreja.

Arcebispo - É o Bispo que responde por uma Arquidiocese. Geralmente estão nas capitais de cada Estado e tem a função de supervisão perante as outras dioceses do Estado.

Bispo - são os chefes de uma determinada diocese. Considerados sucessores dos Apóstolos, ficam responsáveis por várias paróquias, padres e fieis.

Padres,  ou também chamados de Presbíteros: são os responsáveis por uma paróquia da diocese. Também são responsáveis por auxiliar o Bispo, naquilo que for necessário para a administração da diocese.

Monsenhor - é um título de honra concedido pelo Papa à um padre pelos trabalhos que ele realizou.

Diácono -  são os auxiliares dos Bispos e dos Padres. Recebem o primeiro grau do Sacramento da Ordem.Não exercem a função do sacerdote, mas praticam o serviço a caridade e da Proclamação da Palavra. Não podem absolver os pecados, nem consagrar hóstias. Geralmente recebem este título aqueles que estão no último ano de estudo para se tornar Padre.

Vigário é aquele que possui a autorização para exercer funções de outro religioso, por um determinado tempo. São divididos da seguinte maneira:
O Vigário Geral é aquele que tem o poder executivo da diocese.  Auxilia o bispo nas decisões e responde pela diocese na ausência do mesmo. Toda diocese deve ter ao menos um Vigário Geral e é aceitável que se tenha mais de um.

Vigário Episcopal é aquele que recebe do Bispo a missão de coordenar um determinado grupo de fieis. Geralmente é responsável pior uma Região Episcopal, ou seja, um conjunto de Foranias. Os vigários Episcopais devem ser os bispos auxiliares. Se não for o bispo auxiliar a exercer a função, o Sacerdote designado pelo bispo detém o cargo por um tempo determinado.

Vigário Judicial:  sacerdote responsável pelo poder judicial da igreja. Responde pelos processos canônicos, proclames matrimoniais,  pedidos de anulação de casamento e outros processos da igreja. Não precisa ser bispo para exercer a função.

Vigário Forâneo: trata-se do sacerdote nomeado pelo Bispo, para coordenar os trabalhos de uma Forania, ou seja, um conjunto de Paróquias.Tem a função de acompanhar os trabalhos pastorais realizados em cada paróquia, acompanhar os Padres no exercícios das funções.

Vigário Paroquial:  por fim temos o vigário paroquial, que tem a função de ajudar o Pároco nos trabalhos de uma igreja. Na falta do Pároco, ele responde pela paróquia.

Fonte: cancaonova.com.br e Catecismo da Igreja Católica

terça-feira, 2 de abril de 2013

Oração do Ângelus



por Vinícius Rangel

Anunciação do Anjo
A Oração do Ângelus, também conhecida como Toque das Ave-Marias, é o momento quando os católicos relembra a anunciação do anjo Gabriel a Maria. É um momento de orações e preces, geralmente rezado às 6h, 12h e 18 horas. 

O nome da oração vem da frase: Angelus Domini nuntiavit Mariæ – o anjo do senhor anunciou Maria. Não há uma data, ou local onde a oração foi criada. É conhecida como sendo de origem popular e foi muito praticada pelos franciscanos.

O Papa Paulo VI, em uma de suas encíclicas marianas, pediu a todos os fieis que conservassem o piedoso exercício do Ângelus. Ainda nos dias atuais, os Papas rezam a oração aos domingos junto com os fieis, na praça de São Pedro.  


"Angelus"

V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria…

V. Eis a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra.
Ave Maria…

V. E o Verbo divino encarnou.
R. E habitou no meio de nós.
Ave Maria…

V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos.
Infundi, Senhor, como Vos pedimos, a Vossa graça nas nossas almas, para que nós, que pela Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Cristo, Vosso Filho, pela sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Período Pascal

No período Pascal, a igreja substitui a oração do Ângelus, pela oração Regina Coeli – Rainha dos Céus. A oração também é rezada, nos mesmos moldes e horários, porém  fazendo referência a ressureição de Jesus

"Regina Coeli"

V. Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia!
R. Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!

V. Ressuscitou como disse, Aleluia!
R. Rogai por nós a Deus, Aleluia!

V. Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria, Aleluia!
R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!

Oremos.
Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, a graça de alcançarmos pela proteção da Virgem Maria, Sua Mãe, a glória da vida eterna. Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor. Amem.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Solenidade de Cristo Rei


por Vinícius Rangel

Instituída pelo Papa XI em 1925, a festa era celebrada primeiramente no último domingo do mês de outubro e tinha a finalidade político-religiosa de mostrar a todos, até mesmo aos que não tinham religião, o poder e reino de Jesus sobre o mundo.

Depois da reforma litúrgica, que aconteceu em 1963, pelo Concílio Vaticano II,  a Solenidade de Cristo Rei foi transferida para o último domingo do Ano Litúrgico, que geralmente coincide com o último domingo de Novembro. Com esta alteração, publicada pelo decreto "Sacrosantum Concilium" , a igreja reafirmou o sentido de Jesus ser o Início e Fim - alfa e ômega - Senhor da verdade, justiça e da vida.

Igreja também celebra o Dia do Leigo

Jesus já havia falado do reino dele diante de Pilatos: "o meu Reino não é feste mundo" (Jo 19, 36).

Por isto o Reino de Jesus dá lugar ao excluídos, aos pobres, aos humildes. Ele congrega em seu reinado, todos os dizeres, ensinamentos e pedidos que ele deixou.  

Também no dia de Cristo Rei, a igreja celebra o dia do Leigo. Os ocupam importantes ministérios na vida da Igreja e assumem sua vocação particular de constituir família – e aceitar com generosidade a vocação matrimonial que Deus lhes dá.  Assumem a vocação de atuar profissionalmente com ética, dedicação e diferencial positivo no sentido de ser uma pessoa diferente no meio de tantas.  Assumem vocação missionária, dedicando-se muitas vezes solitariamente ao outro mais necessitado.  Enfim, leigos e leigas assumem o grande desafio de serem pedras vivas da Igreja, trabalhadores do reino que Cristo Rei vem implementar e por isto devem sempre estar em nossas orações.

Assim, a festa de Cristo Rei, chama a atenção dos fieis para a atitude pessoal de cada um. Como encerra o ano litúrgico, tem como função também fazer a igreja refletir sobre o Advento - tempo de espera por aquele que virá.

Fonte: Catecismo da Igreja Católica

segunda-feira, 14 de maio de 2012

As Leituras nas Celebrações


por Vinícius Rangel


A liturgia da Palavra, ou Rito da Palavra, é o segundo momento mais importante da celebração, sendo o primeiro, o Rito Sacramental.
Quando se lêem as Sagradas Escrituras na Igreja, o próprio Deus fala a seu povo, e Cristo, presente em sua palavra, anuncia o Evangelho.
No Lecionário estão as Leituras que serão proclamadas na  Celebração.
 Na Foto, Temos o Dominical, Semanal e o para Solenidades Especiais
Por isso todos devem escutar com veneração as leituras da Palavra de Deus, elemento de máxima importância da Liturgia.

Nas celebrações dominicais, são utilizadas três leituras e um salmo:



1ª Leitura – antigo testamento – Escrita pelo profeta
Salmo responsorial – Livro dos Salmos
2ª Leitura – Novo Testamento – Escrita pelo Apóstolo
Evangelho – Escrita por um Evangelista


No tempo pascal, seguindo a tradição da igreja, a 1ª leitura é retirada do novo testamento, do livro dos Atos dos Apóstolos. As leituras tem como objetivo levar o povo cristão a compreender a continuidade da obra da salvação.
Para os dias de semana, propõem-se leituras para cada dia da semana durante todo o ano. Por isso, via de regra, tais leituras serão tomadas nos dias em que estão marcadas. A diferença entre o número de leituras no Domingo e nos dias da semana está na solenidade.

O Domingo é o dia, por excelência, da eucaristia e da reunião litúrgica. Soleniza-se, pois, com um maior número de leituras. As missas semanais tem a característica de serem simples e breves, com pouco cantos e mais meditativas.


As leituras nas celebrações foram divididas em 3 anos litúrgicos – A, B, C - nos quais se lê um evangelista em cada ano. Segundo o Missal Romano “O fato de que para os domingos e festas se proponha um ciclo de três anos é para que haja uma leitura mais variada e abundante da Sagrada Escritura, já que os mesmos textos não voltarão a ser lidos, a não ser depois de 3 anos."


Fonte: Missal Romano

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Vestes e Acessórios Liturgicos

por Vinícius Rangel

Basta entrar em uma igreja e começar a reparar em pequenos detalhes para enxergar que a simbologia está presente em várias coisas.  Uma delas, que chama muito atenção, é a roupa e os acessórios que o Padre usa durante as celebrações.

Quando o celebrante está no altar, ele deixa de lado o seu ser e reveste-se de Cristo, para ser luz no mundo. Cada acessório, gesto e, até mesmo, as cores utilizadas, não são à toa.
Batina

Mas o que significa cada traje utilizado na Igreja? É o que você confere abaixo:

Batina – é a roupa que o padre utiliza por cima das suas roupas “normais” fora das celebrações. É preta, representando a morte para o mundo. Seu uso em países tropicais, como o Brasil, é dispensado. 

Túnica
Alva  ou Túnica – é utilizada pelo Padre apenas durante as celebrações. É branca, cobre o corpo inteiro simbolizando a inocência e a pureza. Ao vesti-la o sacerdote diz: "Fazei-me puro, Senhor, e santificai o meu coração, para que, purificado com o Sangue do Cordeiro, mereça gozar as alegrias eternas." Neste momento, o sacerdote despoja-se daquilo que é e, não obstante as suas falhas e pecados, ele celebrará na Pessoa do próprio Cristo.

Amito  - Pano circular ou retangular que cobre o pescoço do celebrante. O uso é obrigatório sempre que a alva não cubra totalmente a roupa que se usa por baixo na zona do pescoço. Criado no século VII, para simbolizar a disciplina dos sentidos e pensamentos do sacerdote, caiu em desuso no século VIII.

Cíngulo – É um cordão que o celebrante passa sobre sí. Lembra as cordas com que foi preso Jesus no Horto. Também simboliza a castidade e a luta contra as tentações carnais.

Casula
Casula –  É uma espécie da capa. Uma influência antiga das vestes romanas, logo nos primeiros anos da igreja. O nome significa “pequena casa”. Geralmente usada em dias solenes, as cores da casula variam de acordo com o tempo litúrgico. Em celebrações comuns, também pode ser utilizada pelo presidente da celebração. A estola sempre deve estar por baixo.

Estola
Estola -  É a faixa vertical colocada no pescoço descendo paralelamente pelos dois lados do peito. Confere ao sacerdote o poder da autoridade sacerdotal. Os diáconos a usam no ombro esquerdo, como faixa trnsversal. A cor da estola varia de acordo com o Tempo Liturgico.

Solidéu -  usado na cabeça pelo Papa (branco), Arcebispos (vermelho) e Bispos (rosa), de forma circular.

Báculo (esquerda) e a Mitra (Direita)
Báculo - É o cajado utilizado pelo Papa e pelos Arcebispos. Símbolo de autoridade e jurisdição, só pode ser usado no território de domínio do bispo. Sabe o pastor que comanda o rebanho de ovelhinhas com um bastão.

Mita – Surgiu em Roma no século 10. É uma espécie de chapéu alto e pontudo usado pelo Papa, Arcebispos e Bispos . Apresenta como que uma abertura no alto, para significar que é aberta à iluminação de Deus e possui duas fitas penduradas atrás, descendo sobre as costas do Ministro, significando o Antigo e o Novo Testamento. A Mitra é a representação da igreja, devemos lembrar que os que a usam, são a cabeça da igreja.


Deve-se lembrar sempre, que a omissão na utilização de qualquer destes acessórios, pode ser autorizada pelo Arcebispo para adequação às necessidades regionais.

Fontes:
Catecismo da Igreja Católica
www.cantodapaz.com.br
www.cancaonova.com



terça-feira, 8 de maio de 2012

Você sabe o que é um Ostensório?

por Vinícius Rangel


Também chamado de Custódia, o Ostensório é uma peça de aço geralmente dourada. Ali se deposita o Santíssimo Sacramento, Jesus vivo, consagrado na Hóstia. É utilizado para exposição de Jesus no altar e durante as procissões. 

A veneração e respeito dispensado durante a adoração, não são ao objeto em sí, mas ao próprio Deus que ali está presente. Ao se passar diante do Santíssimo Sacramento, deve-se fazer uma vênia, ou seja, inclinar a cabeça em sinal de respeito.


Ostensório com o Santíssimo Sacramento. Foto: cancaonova.com

Segundo relatos da história, durante uma pregação onde Santo Antônio falava sobre a Eucaristia, um homem disse que apenas acreditaria na presença de Jesus na Hóstia Consagrada, quando o jumento, que a ele pertencia, se prostrasse diante do Ostensório. Santo Antônio aceitou o desafio.

Conforme eles haviam combinado, o homem deixou o jumento três dias sem alimento. Ao terceiro dia, no local acertado, o Frei estava com o Ostensório e o homem com seu animal. Mesmo com muita fome, o jumento preferiu ajoelhar-se diante do Santíssimo, como lhe ordenara Santo Antônio, deixando de lado a pastagem que lhe era oferecida por seu dono.


Fonte:
Livro:Catecismo da Igreja Católica
Site: www.cancaonova.com