quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Solenidade de Cristo Rei


por Vinícius Rangel

Instituída pelo Papa XI em 1925, a festa era celebrada primeiramente no último domingo do mês de outubro e tinha a finalidade político-religiosa de mostrar a todos, até mesmo aos que não tinham religião, o poder e reino de Jesus sobre o mundo.

Depois da reforma litúrgica, que aconteceu em 1963, pelo Concílio Vaticano II,  a Solenidade de Cristo Rei foi transferida para o último domingo do Ano Litúrgico, que geralmente coincide com o último domingo de Novembro. Com esta alteração, publicada pelo decreto "Sacrosantum Concilium" , a igreja reafirmou o sentido de Jesus ser o Início e Fim - alfa e ômega - Senhor da verdade, justiça e da vida.

Igreja também celebra o Dia do Leigo

Jesus já havia falado do reino dele diante de Pilatos: "o meu Reino não é feste mundo" (Jo 19, 36).

Por isto o Reino de Jesus dá lugar ao excluídos, aos pobres, aos humildes. Ele congrega em seu reinado, todos os dizeres, ensinamentos e pedidos que ele deixou.  

Também no dia de Cristo Rei, a igreja celebra o dia do Leigo. Os ocupam importantes ministérios na vida da Igreja e assumem sua vocação particular de constituir família – e aceitar com generosidade a vocação matrimonial que Deus lhes dá.  Assumem a vocação de atuar profissionalmente com ética, dedicação e diferencial positivo no sentido de ser uma pessoa diferente no meio de tantas.  Assumem vocação missionária, dedicando-se muitas vezes solitariamente ao outro mais necessitado.  Enfim, leigos e leigas assumem o grande desafio de serem pedras vivas da Igreja, trabalhadores do reino que Cristo Rei vem implementar e por isto devem sempre estar em nossas orações.

Assim, a festa de Cristo Rei, chama a atenção dos fieis para a atitude pessoal de cada um. Como encerra o ano litúrgico, tem como função também fazer a igreja refletir sobre o Advento - tempo de espera por aquele que virá.

Fonte: Catecismo da Igreja Católica

segunda-feira, 14 de maio de 2012

As Leituras nas Celebrações


por Vinícius Rangel


A liturgia da Palavra, ou Rito da Palavra, é o segundo momento mais importante da celebração, sendo o primeiro, o Rito Sacramental.
Quando se lêem as Sagradas Escrituras na Igreja, o próprio Deus fala a seu povo, e Cristo, presente em sua palavra, anuncia o Evangelho.
No Lecionário estão as Leituras que serão proclamadas na  Celebração.
 Na Foto, Temos o Dominical, Semanal e o para Solenidades Especiais
Por isso todos devem escutar com veneração as leituras da Palavra de Deus, elemento de máxima importância da Liturgia.

Nas celebrações dominicais, são utilizadas três leituras e um salmo:



1ª Leitura – antigo testamento – Escrita pelo profeta
Salmo responsorial – Livro dos Salmos
2ª Leitura – Novo Testamento – Escrita pelo Apóstolo
Evangelho – Escrita por um Evangelista


No tempo pascal, seguindo a tradição da igreja, a 1ª leitura é retirada do novo testamento, do livro dos Atos dos Apóstolos. As leituras tem como objetivo levar o povo cristão a compreender a continuidade da obra da salvação.
Para os dias de semana, propõem-se leituras para cada dia da semana durante todo o ano. Por isso, via de regra, tais leituras serão tomadas nos dias em que estão marcadas. A diferença entre o número de leituras no Domingo e nos dias da semana está na solenidade.

O Domingo é o dia, por excelência, da eucaristia e da reunião litúrgica. Soleniza-se, pois, com um maior número de leituras. As missas semanais tem a característica de serem simples e breves, com pouco cantos e mais meditativas.


As leituras nas celebrações foram divididas em 3 anos litúrgicos – A, B, C - nos quais se lê um evangelista em cada ano. Segundo o Missal Romano “O fato de que para os domingos e festas se proponha um ciclo de três anos é para que haja uma leitura mais variada e abundante da Sagrada Escritura, já que os mesmos textos não voltarão a ser lidos, a não ser depois de 3 anos."


Fonte: Missal Romano

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Vestes e Acessórios Liturgicos

por Vinícius Rangel

Basta entrar em uma igreja e começar a reparar em pequenos detalhes para enxergar que a simbologia está presente em várias coisas.  Uma delas, que chama muito atenção, é a roupa e os acessórios que o Padre usa durante as celebrações.

Quando o celebrante está no altar, ele deixa de lado o seu ser e reveste-se de Cristo, para ser luz no mundo. Cada acessório, gesto e, até mesmo, as cores utilizadas, não são à toa.
Batina

Mas o que significa cada traje utilizado na Igreja? É o que você confere abaixo:

Batina – é a roupa que o padre utiliza por cima das suas roupas “normais” fora das celebrações. É preta, representando a morte para o mundo. Seu uso em países tropicais, como o Brasil, é dispensado. 

Túnica
Alva  ou Túnica – é utilizada pelo Padre apenas durante as celebrações. É branca, cobre o corpo inteiro simbolizando a inocência e a pureza. Ao vesti-la o sacerdote diz: "Fazei-me puro, Senhor, e santificai o meu coração, para que, purificado com o Sangue do Cordeiro, mereça gozar as alegrias eternas." Neste momento, o sacerdote despoja-se daquilo que é e, não obstante as suas falhas e pecados, ele celebrará na Pessoa do próprio Cristo.

Amito  - Pano circular ou retangular que cobre o pescoço do celebrante. O uso é obrigatório sempre que a alva não cubra totalmente a roupa que se usa por baixo na zona do pescoço. Criado no século VII, para simbolizar a disciplina dos sentidos e pensamentos do sacerdote, caiu em desuso no século VIII.

Cíngulo – É um cordão que o celebrante passa sobre sí. Lembra as cordas com que foi preso Jesus no Horto. Também simboliza a castidade e a luta contra as tentações carnais.

Casula
Casula –  É uma espécie da capa. Uma influência antiga das vestes romanas, logo nos primeiros anos da igreja. O nome significa “pequena casa”. Geralmente usada em dias solenes, as cores da casula variam de acordo com o tempo litúrgico. Em celebrações comuns, também pode ser utilizada pelo presidente da celebração. A estola sempre deve estar por baixo.

Estola
Estola -  É a faixa vertical colocada no pescoço descendo paralelamente pelos dois lados do peito. Confere ao sacerdote o poder da autoridade sacerdotal. Os diáconos a usam no ombro esquerdo, como faixa trnsversal. A cor da estola varia de acordo com o Tempo Liturgico.

Solidéu -  usado na cabeça pelo Papa (branco), Arcebispos (vermelho) e Bispos (rosa), de forma circular.

Báculo (esquerda) e a Mitra (Direita)
Báculo - É o cajado utilizado pelo Papa e pelos Arcebispos. Símbolo de autoridade e jurisdição, só pode ser usado no território de domínio do bispo. Sabe o pastor que comanda o rebanho de ovelhinhas com um bastão.

Mita – Surgiu em Roma no século 10. É uma espécie de chapéu alto e pontudo usado pelo Papa, Arcebispos e Bispos . Apresenta como que uma abertura no alto, para significar que é aberta à iluminação de Deus e possui duas fitas penduradas atrás, descendo sobre as costas do Ministro, significando o Antigo e o Novo Testamento. A Mitra é a representação da igreja, devemos lembrar que os que a usam, são a cabeça da igreja.


Deve-se lembrar sempre, que a omissão na utilização de qualquer destes acessórios, pode ser autorizada pelo Arcebispo para adequação às necessidades regionais.

Fontes:
Catecismo da Igreja Católica
www.cantodapaz.com.br
www.cancaonova.com



terça-feira, 8 de maio de 2012

Você sabe o que é um Ostensório?

por Vinícius Rangel


Também chamado de Custódia, o Ostensório é uma peça de aço geralmente dourada. Ali se deposita o Santíssimo Sacramento, Jesus vivo, consagrado na Hóstia. É utilizado para exposição de Jesus no altar e durante as procissões. 

A veneração e respeito dispensado durante a adoração, não são ao objeto em sí, mas ao próprio Deus que ali está presente. Ao se passar diante do Santíssimo Sacramento, deve-se fazer uma vênia, ou seja, inclinar a cabeça em sinal de respeito.


Ostensório com o Santíssimo Sacramento. Foto: cancaonova.com

Segundo relatos da história, durante uma pregação onde Santo Antônio falava sobre a Eucaristia, um homem disse que apenas acreditaria na presença de Jesus na Hóstia Consagrada, quando o jumento, que a ele pertencia, se prostrasse diante do Ostensório. Santo Antônio aceitou o desafio.

Conforme eles haviam combinado, o homem deixou o jumento três dias sem alimento. Ao terceiro dia, no local acertado, o Frei estava com o Ostensório e o homem com seu animal. Mesmo com muita fome, o jumento preferiu ajoelhar-se diante do Santíssimo, como lhe ordenara Santo Antônio, deixando de lado a pastagem que lhe era oferecida por seu dono.


Fonte:
Livro:Catecismo da Igreja Católica
Site: www.cancaonova.com

Falando da Igreja

É com grande prazer que começo hoje a publicação neste blog. A ideia é que através das publicações feitas aqui, todos possam entender um pouco mais sobre a Igreja Católica Apostólica Romana.


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Abraço,
Vinícius Rangel